ITABELA – Na manhã desta terça-feira (26/02/2019) a APLB Sindicato realizou uma assembleia no auditório da Câmara Municipal de Vereadores do município de Itabela, com a pauta de discussão o início do ano letivo. Estavam presentes na assembleia, além da diretoria da APLB e professores filiados, a Secretária de Educação Christiane Coelho.
Na oportunidade, a mesma relatou o atraso na conclusão das obras das reformas das escolas e que isso poderia comprometer o calendário letivo 2019, que tem seu início anunciado para o dia 7 DE MARÇO (quinta-feira).
Devido a isso a Secretária propôs aos presentes uma prorrogação do início do ano letivo para o dia 1 DE ABRIL (quinta-feira). Tal proposta foi REJEITADA POR UNANIMIDADE pelos professores presentes. Muitos alegaram que as escolas de fundamental II e as do distrito de Monte Pascoal não sofreram nenhum tipo de alteração, por isso, nada impede o seu funcionamento imediato.
Alguns professores colocaram a responsabilidade do caos implantado na falta de planejamento das reformas promovido pela gestão, “poderiam ter construído antes uma estrutura de MDF temporária, como as empresas fazem quando vão iniciar suas obras, modelo SENAI, e ir reformando as escolas uma por uma, deslocando os alunos da escola em reforma para esta estrutura temporária até a conclusão da reforma, e isso seria feito em forma de rodízio, sem perca ou paralisação do ano letivo”, ressaltou um professor que utilizou a plenária.
“Não entendi a pressa em reformar todas as escolas de uma única vez e de imediato, será que isso não tem a ver com a AÇÃO que movida pela categoria na justiça sobre a utilização dos 60% do recurso do precatório do fundef? O gestor não estaria de maneira premeditada gastando 100% do recurso entendendo que poderia sair uma decisão favorável a classe, e então, antes que saia esta decisão ele gaste todo o dinheiro do precatório?”, disse um professor em assembleia.
Por fim, as aulas iniciarão no dia 7 de março em apenas algumas unidades escolares, são elas: Escola LIONS CLUB DE ITABELA, ESCOLA ABDIAS MARTINS PEREIRA, COLÉGIO MUNICIPAL DE ITABELA, ESCOLA MARIA D’AJUDA SILVA VIEIRA, ESCOLA JOÃO BATISTA, ESCOLA EMILIA MONTEIRO E COLÉGIO MANOEL RIBEIRO CARNEIRO.
As demais unidades escolares terão início, senão ocorrer atrasos nas reformas, no dia 1 DE ABRIL, são elas: COLÉGIO ARCHIMEDES, COLÉGIO AUGUSTO COSTA, ESCOLA LÚCIO FERREIRA DA SILVA, COLÉGIO FREI RICARDO, COLÉGIO CARLOS ALBERTO PARRACHO e COLÉGIO LUIZ EDUARDO MAGALHÃES.
Fato é que o calendário escolar dessas unidades que iniciarão em abril sofrerá alterações severas, tais como aulas em todos os sábados, o aumento de 30 minutos no período das aulas em todos os dias da semana, e mesmo assim poderão concluir o ano letivo de 2019 apenas em janeiro de 2020.
Diante desse fato, os professore decidiram que a partir do 7 de março estarão nas suas unidades escolares ou na secretaria de educação cumprindo o horário de trabalho, porque caso a secretaria determine que os professores trabalham em dias não que não estejam previsto no calendário que inicia no dia 7 de março, deverão ser pagos aos mesmos horas extras, assim como determina a LDB e as leis trabalhistas em vigor.
Uma comissão de professores prometera acompanhar o cumprimento dos 200 dias letivos, e que se o município não cumprir aquilo que está na lei e que é um direito do aluno, entrarão com denuncia formalizada no Ministério Público.
“Os 200 dias letivos é um direito indiscutível do aluno, e estaremos acompanhando de perto esta questão e não permitiremos mais que o município tire isso dos nossos alunos de maneira alguma, como foi feito em 2019 com a supressão de 12 dias letivos a menos do que está previsto em lei, Iremos ao ministério público sem nenhum receio”,Disse um professor a nossa reportagem.
As reformas das unidades escolares custou ao município quase R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais) e estão sendo realizadas devido ao RECURSO INEDITO DO PRECATORIO DO FUNDEF, aliás apenas as obras financiadas por este recurso estão em andamento na cidade, porque as que as demais financiadas por outros fundos se encontram totalmente paralisadas e sem previsão de término, mas isso será assunto das nossas próximas reportagens.
Diante do caos criado na Educação, provocado principalmente por um planejamento ineficaz e falho na execução das reformas, mais uma vez a conta cairá sobre as costas daqueles que tem menos culpa e responsabilidades nos fatos ocorridos, ou seja, os alunos.
Por: Redação
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