Família do extremo sul comemoram entregar do lote Por coletivo regional de comunicação Nos dias 21 a 24, gritos de ordem ecoaram com a renovação da luta camponesa e marcaram a festividade da entregar dos lotes dos Assentamentos Agroecológico Gildásio Salles Ribeiro que tem 70 famílias e está localizado no município de Santa Cruz Cabrália e Adão Preto com 30 famílias em Itabela.
Dá luta e resistência realização de um sonho, que iniciou na ocupação, recarregamos ânimo para contínua lutando por melhores condições de vida por uma sociedade mais justa e igualitária. Diz agricultora Maria D Ajuda Pereira do Assentamento Adão Preto.
Paulo César analisa ainda que “estamos num território dominado pelo monocultivo de eucalipto, o que vem acentuando o êxodo rural e a violência nas cidades. Isso também acarreta problemas como a estagnação do projeto de reforma agrária, pois há grande concentração de terra nas mãos do agronegócio, o que inviabiliza a distribuição para as famílias. ”
Existem, ainda, em toda a Bahia, 25 mil famílias acampadas em dez regiões, a maioria no Extremo Sul. A destinação de novas terras é resultado da pressão constante do movimento no governo do Estado.
Assentamento Gildasio Salles Ribeiro
O assentamento agroecológico Gildasio Salles Ribeiro é uma homenagem ao companheiro de luta, o agricultor e ativista da Reforma Agrária popularmente conhecido como Cabacinha, que faleceu aos 60 anos e deixou cinco filhos.
Cerca de mil famílias Sem Terra ocuparam, na madrugada do dia 4 de dezembro de 2008, a Fazenda São João, na BR 367, km 35, em Santa Cruz Cabrália. Nos 1.010 hectares, estão assentadas hoje 70 famílias camponesas que resistiram por quase 11 anos se luta no local.
No último dia 22, houve ato político e místico, com a presença de lideranças políticas e da sociedade civil. A festividade começou com um show gospel, dia 21, e encerrou com muita música e torneio de futebol, no dia 24.
Adão Preto
Na madrugada de 8 de fevereiro de 2009, foi ocupada a Fazenda Amarelina, no distrito de Montinho, município de Itabela. Lá, as famílias resistiram por 3 anos e 10 mese
Em 25 de dezembro de 2012, houve a mudança para o então chamado Acampamento do Meio, onde as famílias permaneceram por 2 anos e 6 meses, lutando e produzindo com muita dificuldade, devido à escassez de água. Depois desse período, receberam a triste notícia de que não seriam assentadas no local, o que provocou a interrupção do plantio e da produção
Em 30 de julho de 2015, após negociação entre o MST e a Veracel, as famílias foram transferidas para a antiga Fazenda Pedra Bonita.
Depois de 4 anos, começaram a produzir alimentos orgânicos de forma agroecológica, alcançando também o tão sonhado parcelamento dos lotes. Ao todo, 30 famílias foram beneficiadas.
O nome Adão Preto é uma homenagem ao primeiro integrante do movimento a se tornar deputado federal.
Resistência
Enquanto a mídia e o governo federal tentam classificar o movimento como terrorista, as famílias que conquistaram o sonho de ter um pedaço de terra para produzir alimentos saudáveis na perspectiva agroecológica serão resistência.
Até o final do ano, mais 8 áreas se tornarão assentamentos agroecológicos, que este ato de entregar dos lotes simbolize um novo momento para a Reforma Agrária, concluiu Souza.
Editado: Lilian Reichert
Fotos: Jonas Santos
Whatsapp do GIRO BAHIA: (73) 98228-7716
Adicione nosso número e envie sua denúncia, relata para nós. Sua Denúncia será apurada pela nossa equipe de repórter. Sua colaboração de cidadania é muito importante.