Sexta-feira (06) foi o Dia do Fico para o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Após muitas conversas, o líder político baiano, que é também presidente nacional do Democrata, anunciou que decidiu continuar na Prefeitura. “Meu coração me impede de deixar a Prefeitura neste momento”, anunciou, pela manhã, durante entrega da primeira etapa da urbanização da Comunidade Guerreira Zeferina, onde funcionava a antiga Cidade de Plástico. Durante a tarde, no Palácio Thomé de Souza, e falou sobre as eleições deste ano, dos projetos à frente da Prefeitura, além das articulações para as eleições presidenciais.
Como foi o seu processo decisório, o que o senhor levou em conta e quando, efetivamente, a decisão de não concorrer ao governo do estado foi tomada?
Eu já vinha dando sinais muito claros de que esta era uma decisão que tinha impacto em meu projeto de vida. Sei o quanto foi árduo chegar aqui. Seja pela vitória histórica em 2012, em 2016, seja por tudo o que fizemos pela cidade em cinco anos e três meses. A conclusão é que eu não estava, neste momento, preparado para me separar da Prefeitura. A verdade é que eu conversei com muita gente – lideranças políticas, amigos e familiares – mas no final das contas a decisão foi minha, ouvindo o meu coração. E o meu coração me pediu para ficar. Uma reflexão que eu fiz foi que a maioria dos políticos, em minha condição de um prefeito muito bem avaliado à frente das pesquisas, seguiria o caminho natural da renúncia e da busca de um projeto de poder. Acho que, com isso, eu me distingo. Tudo pesou, mas o que teve mais peso foi esse apego que eu criei pelo que eu faço. E no fundo o sentimento de que eu precisava concluir um trabalho.
Sua decisão impacta o projeto eleitoral do DEM nacional, que tem o deputado Rodrigo Maia como pré-candidato à Presidência?
Não impacta em nada. Nós vamos ter um candidato a governador, com um palanque forte. Terei condições de ajudar mais na pré-campanha de Rodrigo. Falei isso com ele hoje (ontem) cedo.
Não deixe de ouvir. Presidente da Câmara de Feira de Santana pega ar com a desistência de ACM Neto.
O senhor vê com naturalidade as movimentações?
Total naturalidade. De saída relevante, apenas o deputado Claudio Cajado (Deixou o DEM e foi para o PP), que havia me comunicado que faria isso mesmo que eu fosse candidato a governador. Nós não perdemos nenhum deputado estadual. Todos os outros deputados federais ficaram em seus partidos. E, pelo contrário, o Democratas cresceu. Ganhou o deputado Arthur Maia (saiu do PPS), ganhou um candidato a deputado federal importantíssimo, Leur Lomanto (saiu do MDB), que é deputado estadual. Tivemos as filiações dos deputados estaduais Targino Machado, Pedro Tavares e Luciano Simões Filho. Então, a bancada do Democratas cresceu. E nós teremos a possibilidade de fazer cinco ou seis deputados federais pelo partido.
E aqui na Bahia?
Eu acho que é pertinente que o nosso candidato ao governo aponte essa direção. Eu tenho certeza que atuaremos numa linha de oposição ao atual governo. Uma oposição clara e firme, com a construção de um projeto de futuro distinto do que está sendo proposto atualmente.
Fonte:correiodabahia
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