Na cabeça de Dani Lins, o projeto já está bem montado há algum tempo. Após o fim da temporada, a levantadora deixa a quadra de lado em busca de seu maior sonho: ser mãe. Por isso, ao entrar em quadra no próximo domingo, às 10h05, a jogadora do Osasco carrega outros objetivos além do título da Superliga. Antes de tirar seu ano sabático, Dani quer uma vitória contra o Rio para deixar a equipe paulista no topo.
Osasco e Rio são protagonistas do maior clássico do vôlei nacional. Dani, que já foi campeã pelo time carioca, tentará levar as paulistas ao título da Superliga, algo que não acontece desde a temporada 2011/2012. Logo depois, Osasco, assim como o rival, disputa o Mundial de Clubes no Japão. A levantadora, então, sonha com o título das competições para ter férias tranquilas fora de quadra.
– Cada ano é diferente. Esse ano está sendo muito especial. Pela forma que está se encaminhando. Quero que seja a minha Superliga, posso não jogar a próxima. Isso está me deixando mais ansiosa. Eu quero muito. Falei com o Sidão, acho que nunca fiquei tão ansiosa para uma final. Posso ficar a próxima temporada sem jogar. Então quero férias tranquilas, férias felizes (risos).
Apesar da experiência, Dani se diz nervosa para a final do próximo domingo. Nesta temporada, Osasco mudou grande parte de seu elenco e da comissão técnica. Antes do início da Superliga, a equipe era encarada apenas como a quarta força da competição, atrás ainda de Minas e Praia Clube. Dentro de quadra, porém, evoluiu ao longo do ano até chegar à decisão.
– Eu comentei até com o Sidão que estou tão ansiosa por essa final como se fosse a primeira. “Mas você jogou final olímpica”, ele disse. Mas o frio na barriga antes desse jogo é muito bom. É uma final diferente por tudo o que aconteceu na Superliga. Time com 70% de jogadoras novas, reformulado. Viemos de altos e baixos na Superliga, mas passamos pela semifinal em três jogos. E uma final tensa, né? Rio de Janeiro, time a ser batido. Precisamos de paciência, tranquilidade. Acho que nosso time está assim, tranquilo – afirmou.
– No início da Superliga, se colocássemos no papel, nós erámos a quarta potência. E mostramos que nome não ganha jogo. No papel, pode ser melhor, mas em quadra é outra coisa. Nosso time foi prova disso. Com o time mais novo, com peças alternando. Vôlei não são só seis, são 16, 17. Time é isso – completou a levantadora.